Professores de Timbiras discutem a educação e admitem que necessitam de nova postura perante os jovens.
terça-feira, 25 de novembro de 2014 0
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Observamos que o relacionamento entre professor e aluno está
ultrapassado, e o antigo autoritarismo não se encaixa em nossos padrões
de sociedade atual. E, se estamos no mundo vivendo e convivendo
socialmente, é necessário transformar ou mesmo inovar as técnicas
antigas de ensino e principalmente dar novas formas para as relações
humanas, que se perdem em novos valores materiais impregnados em nosso
meio social.
![prof](http://oitimba.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/11/prof.jpg)
Pensar na relação atual entre juventude e escola não é tarefa fácil.
Há muitos sinais de que esta relação tem sido bastante tensa e
conflituosa. Por um lado, percebemos as dificuldades da escola e dos
professores em lidar com os jovens, seu imaginário, comportamentos,
vestimentas, identidades, e, por outro, um descontentamento dos jovens
em relação ao que é oferecido pela escola, o que se revela no baixo
rendimento, em atitudes de confrontação a professores e autoridades
escolares ou na simples indiferença e apatia diante do conhecimento
escolar.
Como podemos explicar esta distância real e simbólica entre a escola e
os jovens? Certamente não há explicações fáceis nem rápidas frente a um
problema dessa complexidade.
Como melhorar a educação?
Como melhorar a educação?
Como novos caminhos para melhorar a educação, os professores apontam a
divisão das responsabilidades, além da escola. Após mais de seis horas
de discussão entre professores do ensino médio da escola Emílio
Garrastazu Médici de Timbiras, podemos colocar esta fala como sendo
unanimidade entre os docentes presentes ao encontro.
“É preciso parar de buscar os culpados pelo fracasso e entender que
os meninos não aprendem só na escola. A escola está sendo entupida de
coisas que cabem a outras instâncias.”
O desafio é grande, pois os jovens são diversos, possuem gostos,
estilos, comportamentos diferentes, fazem escolhas diversas, e, como
sabemos, lidar com a diferença é algo muito difícil, inclusive para a
escola.
Nesse sentido, o processo educativo deve partir mais de perguntas do
que de respostas. Afinal, quem são estes jovens? Como eles constroem seu
“estar no mundo? Como estes jovens constroem conhecimentos no mundo
moderno, e, afinal, como eles aprendem?
A conclusão é que a educação precisa tomar um novo rumo imediatamente
e tentar resgatar a vontade dos jovens em estar e participar da escola
para que não tenhamos estudantes achando que aprender não significa
muito e não é prioridade.
Como exemplo da deficiência da educação, reproduzimos uma “crônica”
feita por um aluno do ensino fundamental de nosso município, onde
encontramos inúmeros erros gramaticais, o que mostra que o aprendizado
não está chegando a ele e nem à maioria deles.
O mais preocupante nessa “Crônica” é que ele (aluno) estende o seu
pensamento sobre estudar a muitos outros jovens que estão no seu nível e
em outros superiores a ele.